THE SOUND OF PLACES + Katzgraben– 25.06.2010
SUBSCUTA – Ciclos de Som e Observação
Auditório da Biblioteca Municipal de Barcelos
22h. entrada livre
TSOP#01 Union Chapel (London, UK)
16m26s (short version)
A Union Chapel é, ao mesmo tempo, um lugar sagrado, de culto religioso, e uma das salas de concerto mais emblemáticos da capital inglesa. O palco/altar é livremente partilhado por membros da igreja e reconhecidos nomes da música popular internacional. Este ensaio-documentário é uma ponte sonora entre esses dois mundos e, ao mesmo tempo, um ponto de partida para uma reflexão sobre aquilo que os aproxima. Todos os elementos sonoros que pontuam e compõem a paisagem videográfica foram capturados dentro daquele espaço.
TSOP#02 Quinta-Feira (Barcelos, PT)
6m57s
O Campo da Feira, em Barcelos, é talvez o local mais emblemático e representativo da cidade. Nele se misturam pregões, passos, ruídos vários, vozes de todos os cantos do concelho numa riqueza falada tipicamente minhota. O rebuliço citadino entra também na paisagem sonora e dura até ao final do dia, até à hora em que se desmontam tendas, carrinhas e camiões tomam conta da fuga de fim de trabalho e os lixos se espraiam com o vento. É a hora em que a cidade regressa ao “adormecimento” habitual e o Campo da Feira volta a ser um parque de estacionamento.
TSOP#03 Vouga ou A Moagem (Barcelos, PT)
11m8s
Apesar do abandono, o edifício da extinta Vouga (também conhecido por “A Moagem”) é um dos símbolos da urbanidade barcelense e o espelho físico e imponente de uma era pós-industrial. Nos últimos anos tem sido refúgio de toxicodependentes e sem-abrigo, tela de graffitis e óbvio objecto de especulação sobre a sua eventual demolição. Dentro dele ouvem-se comboios, o drone do trânsito, correntes de ar, e um silêncio misterioso de prédio destruído. Os seus enormes silos produzem um som único, de reverberação imensa, e de ressonâncias assustadoras.
Despite the abandonment, the building of the defunct Vouga (aka "A Moagem") is a symbol of Barcelos’ urbanity and the physical and imposing mirror of a post-industrial era. In recent years it has been a refuge for drug addicts and homeless, graffiti screen, and an obvious subject of speculation about its eventual demolition. Inside of the building you can hear trains, the drone of traffic, air currents, and the mysterious silence of a destroyed building. Its big silos produce a unique sound: an immense reverb and scary resonances.
TSOP#01 Union Chapel (London, UK)
16m26s (short version)
A Union Chapel é, ao mesmo tempo, um lugar sagrado, de culto religioso, e uma das salas de concerto mais emblemáticos da capital inglesa. O palco/altar é livremente partilhado por membros da igreja e reconhecidos nomes da música popular internacional. Este ensaio-documentário é uma ponte sonora entre esses dois mundos e, ao mesmo tempo, um ponto de partida para uma reflexão sobre aquilo que os aproxima. Todos os elementos sonoros que pontuam e compõem a paisagem videográfica foram capturados dentro daquele espaço.
The Union Chapel is at the same time a sacred place of worship, and one of the most iconic venues of London. The stage/altar is commonly shared by members of the church and known names in pop music. This essay-documentary is a sonic bridge between these two worlds and, at the same time, a starting point for a reflection regarding what brings them together. All the sound elements that compose and punctuate the video landscape were captured within that space.
TSOP#02 Quinta-Feira (Barcelos, PT)
6m57s
O Campo da Feira, em Barcelos, é talvez o local mais emblemático e representativo da cidade. Nele se misturam pregões, passos, ruídos vários, vozes de todos os cantos do concelho numa riqueza falada tipicamente minhota. O rebuliço citadino entra também na paisagem sonora e dura até ao final do dia, até à hora em que se desmontam tendas, carrinhas e camiões tomam conta da fuga de fim de trabalho e os lixos se espraiam com o vento. É a hora em que a cidade regressa ao “adormecimento” habitual e o Campo da Feira volta a ser um parque de estacionamento.
The Campo da Feira in Barcelos (Portugal), is probably the most emblematic and representative place of the city. One can find in it a mix of trader’s cries, steps, several noises, voices from all corners of the county spoken typical Minho. The fuss also enters into the city soundscape and lasts until the end of the day, until when tents start being dismantled, vans and trucks take over the place, and rubbish spreads out in the wind. It is the time when the city goes back to "sleep" again and the Campo da Feira returns to a parking lot.
TSOP#03 Vouga ou A Moagem (Barcelos, PT)
11m8s
Apesar do abandono, o edifício da extinta Vouga (também conhecido por “A Moagem”) é um dos símbolos da urbanidade barcelense e o espelho físico e imponente de uma era pós-industrial. Nos últimos anos tem sido refúgio de toxicodependentes e sem-abrigo, tela de graffitis e óbvio objecto de especulação sobre a sua eventual demolição. Dentro dele ouvem-se comboios, o drone do trânsito, correntes de ar, e um silêncio misterioso de prédio destruído. Os seus enormes silos produzem um som único, de reverberação imensa, e de ressonâncias assustadoras.
Despite the abandonment, the building of the defunct Vouga (aka "A Moagem") is a symbol of Barcelos’ urbanity and the physical and imposing mirror of a post-industrial era. In recent years it has been a refuge for drug addicts and homeless, graffiti screen, and an obvious subject of speculation about its eventual demolition. Inside of the building you can hear trains, the drone of traffic, air currents, and the mysterious silence of a destroyed building. Its big silos produce a unique sound: an immense reverb and scary resonances.
TSOP#04 Sem Título (Barcelos, PT)
32m13s
Há um movimento, um rio que passa, gotas que caem no chafariz antigo. São águas. São cores de árvores reflectidas, céus sem nuvens e um fundo misterioso. Existem ritmos produzidos caoticamente pelas moléculas, sons que parecem não acabar nunca. Ora silenciosos, ora de violência contra as pedras e os açudes. Enquanto o rio passa, a cidade continua agitada. O som dos carros na ponte dilui-se no eco produzido entre as margens e a água, ao reflectir vozes, amplia-as. O rio passa lentamente e o que a cidade colhe dele são gotas esparsas nos chafarizes.
There’s a movement, a river that passes, drops falling on the old fountain. Waters. Colors reflected from trees, cloudless skies and a mysterious depth. There are chaotic rhythms produced by the molecules, sounds that seem to never end. Sometimes they’re silent, sometimes they go violently against stones and dams. As the river passes the city still is agitated. The sound of cars on the bridge is diluted in the echo produced between the banks and the water while reflecting voices and expanding them. The river flows slowly, and what the city reaps from it are the scattered drops falling on the fountains.
32m13s
Há um movimento, um rio que passa, gotas que caem no chafariz antigo. São águas. São cores de árvores reflectidas, céus sem nuvens e um fundo misterioso. Existem ritmos produzidos caoticamente pelas moléculas, sons que parecem não acabar nunca. Ora silenciosos, ora de violência contra as pedras e os açudes. Enquanto o rio passa, a cidade continua agitada. O som dos carros na ponte dilui-se no eco produzido entre as margens e a água, ao reflectir vozes, amplia-as. O rio passa lentamente e o que a cidade colhe dele são gotas esparsas nos chafarizes.
There’s a movement, a river that passes, drops falling on the old fountain. Waters. Colors reflected from trees, cloudless skies and a mysterious depth. There are chaotic rhythms produced by the molecules, sounds that seem to never end. Sometimes they’re silent, sometimes they go violently against stones and dams. As the river passes the city still is agitated. The sound of cars on the bridge is diluted in the echo produced between the banks and the water while reflecting voices and expanding them. The river flows slowly, and what the city reaps from it are the scattered drops falling on the fountains.